A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-americana da Saúde (OPAS), junto com o Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF), baseados nas experiências acumuladas com programas implementados no passado e visando retificar o desequilíbrio e a iniqüidade existentes na saúde infantil elaboraram a estratégia da AIDPI, adotada oficialmente pelo Ministério da Saúde (MS) do Brasil em 1996.

Para qualificar o atendimento da criança, surge a estratégia AIDPI como uma metodologia de atenção à saúde da criança, propondo uma avaliação sistemática dos principais fatores que afetam a saúde infantil, integrando ações curativas com medidas de prevenção, buscando qualidade do atendimento introduzindo o conceito de integralidade, surgindo como alternativa para aplicar os programas de controle específicos já existentes (Infecções Respiratórias Agudas-IRA, diarreia, Crescimento e Desenvolvimento, Imunização, etc.), abordando os principais problemas de saúde que afetam as crianças menores de cinco anos de idade, afecções geralmente preveníveis ou facilmente tratáveis, mediante a aplicação de tecnologias apropriadas e de baixo custo.

O processo da estratégia AIDPI pode ser utilizado por médicos, enfermeiras e outros profissionais da saúde, que trabalham com lactentes e crianças doentes desde o nascimento até 5 anos de idade. Trata-se de um processo de manejo de casos para ser utilizado em estabelecimento de primeiro nível como um consultório, unidade básica de saúde ou serviço ambulatorial de um hospital.

A estratégia AIDPI descreve como atender à criança de 0 a 5 anos de idade que chega a um consultório por estar doente ou para uma consulta de rotina programada para avaliar o desenvolvimento ou estado de imunização. Os modelos oferecem instruções sobre a maneira de avaliar sistematicamente uma criança por sinais gerais de doenças frequentes, desnutrição, anemia e para identificar outros problemas. Além do tratamento, o processo incorpora atividades básicas para a prevenção de doenças e como atender à gestante.