A estratégia da AIDPI precisa ter sua base nas ações comunitárias, sobretudo considerando as medidas que devem e podem ser tomadas no domicílio, pelas mães e pelos responsáveis: as ações de prevenção e promoção, a consulta, quando necessária, e o cumprimento das recomendações de tratamento.

As visitas domiciliares são instrumentos fundamentais para o conhecimento da realidade local e para intervenções mais eficazes em virtude de proximidade do serviço com a população, mantém-se um elo entre a equipe de PSF e a comunidade, tornando-se evidentes as responsabilidades de cada um.

O AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE (ACS) e o AGENTE INDÍGENA DE SAÚDE (AIS), trabalhando e vivendo na mesma comunidade, tem contato permanente com as famílias, com as crianças e atua como a ponte entre a comunidade e a Unidade de Saúde. Ele está mais inserido na comunidade, já que mora na mesma área em que trabalha. É quem busca criar um vínculo permanente com as famílias, realizando trocas valiosas de informações entre as comunidades e as instituições.

A estratégia AIDPI orienta para detectar sinais de perigo que exigem atendimento urgente na Unidade de Saúde.  Orienta também a observar sinais de alerta que necessitam de prioridade no atendimento. A avaliação da criança é feita usando um mínimo de sinais clínicos que rapidamente determinam a gravidade do caso - sinais gerais de perigo. Quando um destes sinais está presente, a criança é classificada como Doença Muito Grave, sendo necessário referir para um hospital ou serviço de atenção secundária. Deve-se, sempre que possível, iniciar o tratamento prévio à remoção. Se a avaliação destes sinais é negativa, inicia-se a avaliação para as doenças prevalentes.

Essa estratégia, direcionada para o atendimento em nível primário, é apresentada em uma série de quadros que mostram a sequência e a forma dos procedimentos a serem adotados pelos profissionais.